postado em 12 de mar. de 2013 06:42 por Amanda iab
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12 de mar. de 2013 06:53 atualizado(s)
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TWITTER FACEBOOK 11/3/2013 “Eles não podem fazer por eles, então quem tem que fazer somos nós”. A fala da missionária Edilma Novelo resume o ato promovido por missionários e voluntários do Ministério Alcance Amazônico, da Organização Jovens com Uma Missão (Jocum), realizado no último sábado (9), pela manhã. Com o objetivo de conscientizar a população a respeito da importância de se denunciar casos de tráfico humano e exploração sexual, manifestantes pintaram o corpo e reuniram próximo ao Terminal Rodoviário de Belém, em São Brás. O ato público, pacífico, foi ilustrado com cartazes informativos que mostravam números alarmantes. “Cerca de dois milhões de pessoas são traficadas no mundo todos os anos. O Brasil ocupa o sexto lugar no ranking dos países que são rotas de tráfico, segundo a Organização das Nações Unidas. O Pará é um dos Estados inclusos porque, aqui, ainda temos muitos casos de turismo sexual, fora as situações na Transamazônica e nos grandes projetos, que estimulam a criação de casas ilegais”, explica Edilma Novelo, liderança que coordenou o movimento. Edilma esclarece que os recentes episódios de exploração sexual, cárcere privado e tráfico humano revelados em Altamira motivaram a ação, mas, segundo uma das líderes do Ministério do Alcance, as atividades do grupo são constantes. “Nós trabalhamos muito próximos aos ribeirinhos, levando serviços médicos, odontológicos e de educação artística. Eles são os mais vulneráveis aos aliciadores porque muitos não têm instrução, dispõem de poucos recursos e se iludem com promessas de estudos para as filhas na cidade grande, por exemplo”, conta. ÓRGÃOS Apesar de estar mais evidente, o tráfico humano não destina pessoas apenas para serem exploradas sexualmente. Segundo Edilma, há aliciadores que visam o mercado negro do tráfico de órgãos, mão de obra para trabalho escravo e até mesmo adoções ilegais, por meio do tráfico de bebês e crianças. “É muito importante que, quem tiver conhecimento de alguma situação dessas, denuncie. Ligue para o número 100 ou procure a Polícia Federal ou algum órgão competente. Nós todos podemos fazer nossa parte para evitar esses crimes”, completa.
Publicação: Diário do Para
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